Olá Minhas Delícias!!!
Pesquisando aqui e ali encontrei esse material de suma importância para
nós mulheres e porque não homens também??? Pois nossos parceiros devem ter pelo
menos o mínimo de conhecimento sobre o assunto. Vamos dar aquela conferida na
matéria???
Matthew Herper Forbes Brasil - domingo, 9 de junho de 2013.
Quase duas décadas atrás, um médico chamado Surendra S. Shastri assumiu
a área de oncologia preventiva do Tata Memorial Hospital em Mumbai, na Índia.
Um de seus principais trabalhos: descobrir como reduzir o número de vítimas de
câncer de colo do útero, que mata 200 mil mulheres por ano nos países em
desenvolvimento, mas é raro em países desenvolvidos. Nos Estados Unidos, por
exemplo, esse número é de apenas 4.000 por ano, resultado da mais bem-sucedida história
de detecção precoce e prevenção de morte por câncer. Diferentemente da maioria
dos outros tipos de câncer, o de colo do útero começa como uma lesão
pré-cancerosa, que sofre mutações. O exame Papanicolau, técnica inventada em
1920 por George Papanicolau, um patologista grego da Universidade de Cornell,
consiste na retirada de células do revestimento do colo do útero.
Posteriormente, o material é enviado para um laboratório para ser analisado em
um microscópio. Graças ao exame Papanicolau, que é feito em média uma vez por
ano, os Estados Unidos conseguem prever os casos de câncer no colo do útero
antes de eles se tornarem tumores mortais. Na Índia, que tem o pior índice de
câncer de colo do útero no mundo, a realização de exames Papanicolau para todas
as mulheres, anualmente, parece impossível. “Nós não temos o tipo de
laboratório ou o tipo de mão-de-obra especializada necessária para fazer um
exame Papanicolau. Essa técnica tem sido bem-sucedida nos países onde há um bom
controle de qualidade e triagem frequente”, diz Shastri. Shastri precisava de
algo muito mais barato. A idéia que ele e sua equipe tiveram foi se inspirar em
uma etapa do procedimento que acontece em um exame Papanicolau, quando os
médicos derramam ácido acético – uma espécie de solução de vinagre estéril -
sobre o colo do útero e analisam o resultado com uma lupa. O ácido faz com que
as células cancerosas fiquem brancas depois de apenas um minuto. As células
normais continuam com um aspecto rosa saudável. Shastri descartou a lupa e o médico
e decidiu treinar os mesmos profissionais de saúde que dão vacinas para aplicar
a solução de ácido acético nas mulheres Em 1998, ele obteve financiamento do
Instituto Nacional do Câncer (NCI, na sigla em inglês), dos Estados Unidos,
para conduzir um ensaio clínico de 15 anos comparando o uso da triagem com o
vinagre uma vez a cada dois anos e a não triagem em 150 mil mulheres. Os
resultados foram apresentados no recente encontro anual da Sociedade Americana
de Oncologia Clínica (Asco, na sigla em inglês). O teste de vinagre reduziu a
taxa de morte por câncer do colo do útero de 16,2 mulheres em 100 mil para 11,1
mulheres em 100 mil, uma queda de em 31%. "É incrível", diz Carol
Aghajanian, chefe de oncologia ginecológica do Centro de Câncer Memorial Sloan-Kettering,
em Nova York. "Milhares de vidas podem ser salvas por essa técnica de
baixo custo." Shastri e sua equipe estimam que, só na Índia, a introdução
de triagem de ácido acético pode evitar 22 mil mortes de câncer do colo do
útero anualmente. Se ela pudesse ser introduzida nos países em desenvolvimento,
salvaria 73 mil vidas por ano. Com base nesses resultados, o governo nacional
da Índia e o governo de Maharashtra, Estado do qual Mumbai é a capital, estão
introduzindo programas de triagem para todas as mulheres. Mas levar esse
procedimento do Tata Memorial Hospital para o resto da Índia e da Índia para o
resto do mundo significa enfrentar alguns desafios. Ted Trimble, diretor do
Centro para a Saúde Global do NCI, afirma que os profissionais de saúde fizeram
mais do que apenas realizar os testes.
Eles fizeram uso inovador de tecnologias. Utilizando câmeras digitais,
eles registraram os exames para que pudessem ser revistos mais tarde e mapearam
as favelas de Mumbai para que as mulheres fossem encontradas. Além disso,
mantiveram os registros das pacientes bem organizados. Mais do que isso, diz
ele, foi realizado um grande trabalho que garantiu que as mulheres selecionadas
como potenciais portadoras de câncer chegassem ao Tata Memorial para seus
exames. Será que outros hospitais, em outros países, seriam tão zelosos fora de
um ensaio clínico controlado? É impossível saber.
Ainda assim, este é um exemplo notável de como uma intervenção de baixo
custo e baixa tecnologia podem tomar o lugar de uma inovação de ponta. Em 2009,
Shastri foi coautor de um artigo no “New England Jornal de Medicina”, no qual
mostrou que uma única triagem de ácido acético produziu o mesmo resultado para
detectar o câncer de colo do útero que um exame Papanicolau.
Teste de DNA
Há uma opção mais precisa, um teste de DNA viral, mas é cara. Mesmo nos
EUA, é tão cara que não substituiu o Papanicolau. A Fundação Bill & Melinda
Gates fez uma parceria com a Qiagen, uma empresa de diagnósticos holandesa,
para criar uma versão mais barata que possa ser útil nos países em
desenvolvimento. Irma Alfaro-Beitz, diretora sênior de saúde global na Qiagen,
diz que a empresa se preocupa com a introdução do teste em países que não
possuem os equipamentos e processos para realizá-lo ou que não tenham capacidade
de garantir que as mulheres serão auxiliadas uma vez que o câncer do colo do
útero seja detectado. "É muito importante que, quando introduzirmos um
teste em um país, ele esteja pronto para o teste", diz. A Fundação Gates
afirma ainda que o novo teste deve custar cerca de US$ 5 e que já existe a
aprovação regulatória da União Europeia. Também foi concedida autorização de
comercialização em muitos mercados emergentes, incluindo a Índia. Mas a
aprovação da Organização Mundial de Saúde ainda está pendente, e ela será
necessária para permitir que as agências das Nações Unidas adquiram o teste.
Shastri diz que mesmo que o teste se torne disponível, é provável seja usado
apenas como um segundo passo após a triagem de ácido acético. Com a Qiagen, uma
empresa de diagnósticos holandesa, para criar uma versão mais barata que possa
ser útil nos países em desenvolvimento. Irma Alfaro-Beitz, diretora sênior de
saúde global na Qiagen, diz que a empresa se preocupa com a introdução do teste
em países que não possuem os equipamentos e processos para realizá-lo ou que
não tenham capacidade de garantir que as mulheres serão auxiliadas uma vez que
o câncer do colo do útero seja detectado. "É muito importante que, quando
introduzirmos um teste em um país, ele esteja pronto para o teste", diz. A
Fundação Gates afirma ainda que o novo teste deve custar cerca de US$ 5 e que
já existe a aprovação regulatória da União Europeia. Também foi concedida
autorização de comercialização em muitos mercados emergentes, incluindo a Índia.
Mas a aprovação da Organização Mundial de Saúde ainda está pendente, e ela será
necessária para permitir que as agências das Nações Unidas adquiram o teste.
Shastri diz que mesmo que o teste se torne disponível, é provável seja usado
apenas como um segundo passo após a triagem de ácido acético. O custo atual de
triagem em uma mulher é cerca de 30 rupias indianas, ou 50 centavos de dólar.
Mesmo que o custo do teste de DNA viral caia para US$ 2, ele ainda vai ser
melhor utilizado para detectar o câncer em mulheres cujo colo do útero mostrar
áreas em branco após a exposição ao ácido acético. Outros métodos também estão
sendo utilizados para ajudar a reduzir o número de mortes por câncer de colo do
útero. No mês passado, a Merck e a GlaxoSmithKline baixaram os preços de duas
vacinas contra o HPV, a Gardasil e a Cervarix, para US$ 4,50 e US$ 4,60 por
dose, respectivamente, em países em desenvolvimento. Isso é menos de um
vigésimo do preço verificado nos países desenvolvidos. Há também outras boas
notícias sobre tratamento: durante a reunião da Asco, os pesquisadores
anunciaram que o Avastin, da Roche, pode prolongar de quatro a 17 meses a vida
de uma mulher com câncer do colo do útero em estágio terminal.
Muito importante nos mantermos informadas sobre nossa saúde.
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