Olá Minhas Delícias!!!
Fuçando aqui e ali encontrei essa matérias que achei super legal.
Vamos analisá-la???
Medicamentos, exames de todo tipo e uma nova mentalidade não só estenderam a vida do homem, como também propiciaram a reabilitação do amor e do prazer de viver em idades mais avançadas. Hoje, ao contrário do que acontecia no passado, muitos idosos mantêm a vida sexual ativa, seduzem, apaixonam-se. Só não podem perder o pé da realidade e esquecer que o tempo passou.
O pensador francês Charles Fourier (1772-1837), famoso no
início do século XIX por bem-humoradas ideias feministas e contra a monogamia,
dizia que todo sexagenário exalta e sente saudade dos prazeres da juventude, ao
passo que nenhum rapaz trocaria seus amores pelas distrações dos idosos. Em
muitos casos, pode ser, mas nem sempre. Basta olhar em volta para constatar:
quantos senhores e senhoras não estão mantendo a energia da juventude e
prolongando suas vivências afetivas e sexuais para além dos limites convencionados
no passado?
Mesmo
nesta época de culto ao físico e à jovialidade, pode-se dizer que a inveja
entre gerações está se tornando mais equilibrada. Sim, porque os jovens
continuam tendo muita energia, porém pouca experiência e parcos recursos financeiros,
mas muitos dos mais maduros, além da experiência e dos recursos angariados ao
longo de sua existência, ainda estão conseguindo manter a energia da juventude
por mais tempo.
Não
estamos falando de nenhuma revolução nas etapas da vida, todos temos de passar
por elas, mas é fato que a “ditadura” da juventude vem sendo abalada pela
reabilitação do amor, da sensualidade e do prazer de viver em idades mais
avançadas. Não se extinguiram, claro, os idosos mal-humorados, que já
entregaram os pontos e olham com desdém e inveja para os contemporâneos mais
animadinhos. “Safados”, pensam. Os menos rígidos, porém, se estão
insatisfeitos, podem tomá-los como exemplo para repensar sua estagnação. Hoje,
medicamentos já resgatam a virilidade e psicanalistas podem ajudar a recuperar
o desejo e o bom humor — mas também o bom senso, afinal o tempo passou e não se
pode retornar à juventude tal qual ela foi.
É
certo que muitos chegam à conclusão de que a sexualidade é escravidão, que é
melhor se livrar dela. Assim pensava o grego Sófocles (496-406 a.C.), o rei da
tragédia: a se acreditar em Platão (427-347 a.C.), Sófocles comemorou sua
chegada aos 80 e a abolição da submissão ao desejo. Eu também tive uma amiga
que torcia para chegar à velhice e, serenamente, livre do jugo sexual, ler
todos os livros que quisesse. Já Sigmund Freud (1856-1939), o criador da
Psicanálise, por volta dos 40 anos comentou que quando se livrasse da
sexualidade escreveria uma história sexual da Humanidade!
Pois
hoje as idades perderam as rígidas significações anteriores. É preciso rever o
que quer dizer ter 50, 60, 70 anos, e assim por diante. Como bem diz o ensaísta
e romancista francês Pascal Bruckner (62), “alguma coisa fundamental se
modificou em nossa relação com o tempo, ganhamos duas décadas de vida
suplementares, prolongaram-se para todos os encantos da capacidade de desejar”.
De fato, estendemos nossa vida com mais cuidados, remédios, vitaminas ou
apurados exames. E também estamos mudando nossa mentalidade. A meu ver,
Sófocles e Freud estavam enganados neste detalhe: o desejo não tem a ver só com
o tempo, a idade, o corpo — ter a ver também com a alma, suas ânsias e
frustrações, suas carências atemporais.
A
festa foi estendida, sim, mas ninguém recebeu passe livre para a imortalidade.
Não dá para negar o envelhecimento, o que é possível é estender o viço e
diminuir as amarguras que sempre cercaram os que vão deixando a juventude —
porque ela simplesmente não detém mais o monopólio do amor e da felicidade.
Fonte: caras online
Até a Próxima...
Beijoquinhas Dany Pimentinha ;)
0 .:
Postar um comentário
Dê sua opinião. Ela é muito importante!